“O sino e o
relógio, marcadores de tempos diferentes, iniciaram uma disputa há oito séculos
para orientar e disciplinar a vida das comunidades ocidentais. Com o tempo, o
relógio venceu o sino, estabelecendo por sua vez uma nova tirania sobre homens
e mulheres.”
"Relógio! deus sinistro, assustador e
impassível..."
C.Baudelaire, Flores do Mal, 1857
O Grito do
Medievo
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O dia-a-dia de toda a
cristandade era regulado pelo bimbalho forte que saindo do alto da torre da
igreja inundava tudo ao redor, invadindo os silêncios dos campos vizinhos e
empinando até as orelhas dos bichos. O sino foi durante muito tempo o grito do
medievo. Era o que fazia soar os alarmes, os socorros, lamentava as pestes e
acompanhava pesaroso os enterros. Registrava também as alegrias da comunidade,
o dia do padroeiro, o nascimento do príncipe, a boda da princesa ou uma festa
do senhorio.
Surge o
relógio
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Coube aos alemães inventar o relógio mecânico por volta de 1200, pois o braço do sineiro lhes pareceu imperfeito para atender as necessidades do trabalho diário. A amplitude e diversidade do artesanato exigiam um marcador de tempo mais preciso, visto que, o relógio dágua que conheciam era inútil nas épocas mais duras de inverno. Confiaram desde então, tudo em pêndulos, num mecanismo composto por motor que determinava com a máxima precisão.
O capataz, o chefe de escritório, o gerente, todos armados de relógios e
de cronômetros, tornaram-se os disciplinadores das massas nas sociedades
industriais de hoje. Para atazaná-las ainda mais, inventou-se um desconstrutor
de sonhos: o despertador, sonoro pequeno porrete que agride com louca
estridência as últimas profundezas do cérebro adormecido para fazer com que a
pontualidade entrasse no rol das virtudes, e o atraso no dos pecados. Aquilo
que surgiu para emancipar o homem dos badalos do sino, gradativamente tornou-se
um tirano, o Grande Irmão que se faz presente em todos os momentos da vida, não
dando folga nunca, não afrouxando jamais.
O RELÓGIO DE PULSO
O inventor do relógio de
pulso foi o mesmo do avião: o brasileiro Santos Dumont. O “pai da aviação”
pretendia cronometrar o tempo de voo dos seus aviões durante as experiências.
Naquela época, os relógios usavam-se nos bolsos, presos a uma corrente.
Como Santos Dumont não podia tirar as mãos dos comandos para ver as horas,
encomendou ao joalheiro Cartier um modelo que ficasse fixo no braço e
facilitasse o controlo das horas.
Em 1904, Louis Cartier criou, então, para o seu amigo, o aviador brasileiro, o
1.º relógio de pulso com pulseira de couro.
Contudo, só em 1911 é que esse relógio começou a ser comercializado.
Créditos:
http://passadocurioso.blogspot.com/2008/04/o-relgio-de-pulso.html
A Steel Shade – Óculos & Relógios acredita que tudo isto é muito
mais simples:
Na verdade, hoje, os acessórios de moda representam e marcam um estilo personalizado
para cada um de nós.
Créditos:
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/artigos/sino2.htm